Boas práticas de controle financeiro ajudam a evitar prejuízos, planejar melhor e garantir a saúde do seu negócio no longo prazo
Gerenciar bem as finanças é um dos pilares para manter a saúde de qualquer negócio. Mesmo em pequenas empresas, é essencial adotar práticas simples, mas eficazes, que ajudam a evitar prejuízos, organizar o fluxo de caixa e planejar o crescimento. A seguir, reunimos sete dicas práticas que respondem às dúvidas mais comuns sobre gestão financeira empresarial.
A primeira delas é sobre o controle do fluxo de caixa. Essa ferramenta básica mostra todas as entradas e saídas de dinheiro da empresa e deve ser atualizada diariamente. Para que funcione bem, é importante registrar todas as receitas e despesas – fixas e variáveis – usando uma planilha ou sistema de gestão financeira. Além de acompanhar o saldo do dia a dia, o ideal é fazer projeções para, pelo menos, os próximos três meses. Uma boa prática é organizar as contas a pagar por vencimento, o que ajuda a evitar atrasos e juros desnecessários.
Outro ponto essencial é separar as finanças pessoais das empresariais. Muitos empreendedores acabam misturando as contas, o que dificulta o controle e a avaliação dos resultados. O ideal é manter uma conta bancária exclusiva para a empresa, estabelecer um valor fixo de pró-labore para os sócios e organizar as despesas em categorias distintas. Também é importante evitar o uso do cartão ou da conta da empresa para despesas particulares.
Uma dúvida frequente é como saber se a empresa está, de fato, dando lucro. É preciso entender que lucro não é simplesmente o dinheiro que sobra no caixa. Para apurar corretamente, é necessário somar todas as receitas do período e subtrair todos os custos e despesas, incluindo impostos, depreciações e encargos. O valor que sobra é o lucro líquido. A análise de indicadores como margem de lucro e retorno sobre investimento (ROI) também ajuda a interpretar melhor os resultados.
Assim como nas finanças pessoais, a empresa também precisa ter uma reserva de emergência. Essa reserva serve para cobrir imprevistos, como queda no faturamento, atraso de clientes ou necessidade de manutenção urgente. A recomendação é manter guardado o equivalente a três a seis meses de despesas fixas, de preferência em uma aplicação de liquidez imediata, que permita resgates rápidos sem prejuízo.
A definição correta do preço de venda é outro fator crucial para a sustentabilidade do negócio. Basear-se apenas nos preços da concorrência é um erro comum. O ideal é calcular o custo total – considerando despesas fixas, variáveis, impostos e comissões – e, a partir disso, adicionar a margem de lucro desejada. Também é importante considerar o valor percebido pelo cliente e o ponto de equilíbrio, ou seja, quanto é preciso vender para cobrir todos os custos.
Buscar crédito ou financiamento pode ser vantajoso, mas só quando há planejamento e um objetivo claro. Antes de tomar qualquer decisão, é fundamental analisar as taxas de juros, os prazos de pagamento e a real capacidade da empresa de honrar esse compromisso sem comprometer o caixa. O empréstimo deve servir para gerar retorno futuro, como em casos de expansão ou compra de equipamentos, e nunca para cobrir despesas rotineiras sem um plano de recuperação.
Por fim, é importante acompanhar os relatórios financeiros com regularidade. Os principais são: a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), que mostra se houve lucro ou prejuízo; o Fluxo de Caixa, que revela como o dinheiro circula no negócio; o Balanço Patrimonial, que apresenta os bens e dívidas da empresa; e os relatórios de contas a pagar e a receber, fundamentais para evitar inadimplência.
Fonte: Guia MS Notícias.