Nova lógica de tributação exige mudanças urgentes na precificação de serviços médicos para evitar prejuízos e perda de competitividade no setor
Com a chegada da Reforma Tributária, clínicas e consultórios de saúde precisam rever urgentemente suas estratégias de precificação. A substituição de tributos como PIS, Cofins, ICMS e ISS por CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) e IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) traz mudanças profundas para o setor de serviços, especialmente para a área da saúde.
Entendendo a CBS e IBS
Esses novos tributos seguem o modelo de imposto não cumulativo, com crédito financeiro. Isso significa que, ao adquirir produtos ou serviços tributados, a empresa pode abater esse valor daquilo que deve. Mas o problema começa quando o seu cliente não consegue aproveitar o crédito gerado por você — e começa a buscar outros prestadores que ofereçam essa vantagem fiscal.
O perigo oculto na precificação
Imagine uma clínica de fisioterapia que cobra R$ 100 por sessão. Com a nova lógica tributária, se esse serviço não gerar crédito para o cliente (como uma operadora de plano de saúde), ele pode exigir uma redução no preço ou simplesmente trocar de fornecedor.
O resultado? Margens apertadas ou até operações deficitárias.
Sem um ajuste na forma de precificar, muitos serviços hoje considerados rentáveis deixarão de ser viáveis economicamente.
O que fazer agora
Realize um diagnóstico fiscal: analise se seus serviços permitirão crédito ao cliente e como será sua carga tributária futura.
Recalcule seus preços: leve em consideração a tributação por fora e os percentuais da CBS e IBS.
Implemente uma nova estratégia de precificação: focada em rentabilidade real e proteção da margem líquida.
A precificação na saúde será uma arte ainda mais estratégica no pós-reforma. Ignorar os impactos da CBS e IBS pode levar clínicas financeiramente saudáveis hoje ao prejuízo em poucos anos.
Quer entender como a reforma afeta sua precificação? Fale comigo no perfil @primecontabiliza.
Fonte: Guia MS Notícias
